Há tempos temos dito que o Instagram é um excelente canal para trafegar mobgrafias, estilos de vida, produtos, pés, pratos de comida, gatos e gente pulando. Mas algo está acontecendo em rumo de uma ‘maturidade’ em termos de veículo e rede social. Algo como vimos no EyeEm, que diferentemente do Instagram, busca vender o trabalho DO fotógrafo (via EyeEm market, uma iniciativa conjunta com a Getty Images) e não PARA o fotógrafo como faz a maior rede de todas (passou o Twitter esta semana, com mais de 300 milhões de seguidores).
Fotógrafos se beneficiaram com essa situação (intencionalmente ou não) e alguns com milhão de seguidores, cairam para menos da metade, o que é ainda, tamanho digno de nota, mas muito diferente do que um eventual patrocinador/anunciante desavisado gostaria.
O caminho é a segmentação. À medida que os fotógrafos apresentam estilos e ‘pegadas’ mais voltadas a determinados assuntos ou temas, os possíveis anunciantes ou compradores de posts, vão se sentir mais seguros falando com gente que é do perfil do seu cliente do que com gente que apenas adora o trabalho do fotógrafo ou seu número de seguidores. Este é um grande desafio, o de conhecer o perfil destes seguidores, mas se houver coerência entre tema e número de gente que segue, a coisa fica mais viável. Isso é um campo ainda inexplorado e que demandará tempo para que possa ser mais dominado.
Entramos então, finalmente, na era da comunicação imagética. O video é o texto, a foto, uma frase ou mesmo um parágrafo inteiro. O que queremos dizer, guardadas as devidas proporções, é que o milenar hábito de se contar histórias permanece, porém com formato diferente, mantendo as mesmas características. Uma boa história sempre valerá a pena de se contar e de se ouvir/ver/ler. A tecnologia faz com que isso seja rápido e acessível.
Podemos contar algumas delas, mas gostaria de me deter numa história recente e inovadora que fizemos para as motocicletas inglesas Triumph. Veja todo o case aqui: http://inspiracaotriumph.tumblr.com/
Este case, inédito, mostra a identificação de fotógrafos e usuários com uma marca forte mostrando maneiras novas de se contar histórias podendo realmente aproximar de maneira verdadeira, pessoas e marcas/produtos, através de engajamento natural gerado por interesse e afinidade legítimos.
Ainda estamos para ver diversas alternativas e inovações nesta área, sabendo que a arte do “storytelling” se perpetuará da forma que for, mas neste momento, ela se dá com mobgrafias, captadas, editadas e compartilhadas online, em tempo real, fazendo com que cada um de nós seja protagonista de suas próprias histórias.